SAÚDE
Aplicação das doses ocorre no próximo domingo
A administração segue com o objetivo de imunizar o mais rápido possível a população expeditense. Nesta sexta-feira, dia 30 de abril, o município recebe mais 80 doses de vacina contra a Covid-19. Sendo 30 para os idosos acima de 60 anos, e 50 doses para pacientes com comorbidades. O ministério da Saúde organizou o cronograma da seguinte forma:
No Rio Grande do Sul, há mais de um milhão de pessoas no grupo das comorbidades. Como a vacinação ocorre em etapas, dependendo das remessas enviadas pelo Ministério da Saúde aos Estados conforme produção dos laboratórios, a priorização da vacinação acontecerá, em todo o país, da seguinte forma:
Fase 1 serão vacinadas:
- as pessoas com síndrome de down maiores de 18 anos;
- pessoas com doenças renais que fazem tratamento por diálise maiores de 18 anos;
- gestante e puérperas (passaram há menos de 45 dias pelo parto) e têm alguma comorbidade, maiores de 18 anos;
- pessoas com 55 a 59 anos com comorbidades;
- pessoas com deficiência permanente cadastradas no programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 55 a 59 anos.
Para comprovar a doença, a pessoa deverá levar ao posto de saúde um documento médico (exames, receitas, relatório médico, prescrição médica etc).
Tire Suas dúvidas e Veja a lista de comorbidades e especificações:
Quem terá direito a tomar a vacina no grupo das comorbidades?
Pessoas que têm algum dos 22 tipos de problemas de saúde listados pelo Ministério da Saúde (veja lista ao final desta matéria), gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz até 45 dias antes).
Quando essas pessoas começarão a ser vacinadas?
Neste próximo domingo, na Unidade Básica de Saúde, a partir das 08h da manhã.
Como será feita a comprovação das comorbidades?
O Cosems/RS orienta que o documento preferencial a ser apresentado é um laudo médico descrevendo o problema de saúde. Alguns casos também permitem a apresentação de receita de medicamento de uso continuado, como é o caso de pessoas com hipertensão, diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica ou asma. A recomendação é de que o documento seja “recente”, preferencialmente dos últimos 30 dias.
Quem tem cadastro no SUS precisa levar alguma documentação? Como saber se tem cadastro?
O cadastro facilita, mas a recomendação do Cosems é de que mesmo quem está registrado no SUS, por ser acompanhado pelo sistema público de saúde, leve um documento como laudo médico ou receita de medicamento de uso continuado. É possível que a unidade de vacinação não esteja com acesso ao sistema para comprovar o cadastro, por exemplo. De qualquer forma, para saber se está cadastrado, pode-se procurar a unidade de saúde de referência.
Como gestantes e puérperas poderão comprovar sua condição?
As grávidas costumam contar com uma carteira onde são registradas suas informações de saúde ao longo da gestação. Quem já deu à luz pode utilizar um documento como a caderneta da criança, onde também são anotados dados de saúde, vacinação etc, ou certidão de nascimento.
Se não houver vacina para todo o grupo da fase 1 das comorbidades, qual será a ordem de preferência?
A tendência, segundo o Cosems, é de que, nos locais onde não for possível atender todo esse grupo inicial de forma concomitante em razão da limitação nas remessas de vacina, seja seguida a ordem de apresentação dos perfis pelo Ministério da Saúde, começando pelas pessoas com Síndrome de Down, pacientes de doença renal sob diálise, gestantes e puérperas com comorbidades, assim por diante. Já na segunda fase o critério será por idade.
Quais as comorbidades previstas
A lista a seguir traz definições resumidas para 22 categorias (sem contar gestantes e puérperas). A íntegra pode ser consultada no Plano Estadual de Vacinação. Algumas definições envolvem conceitos técnicos que podem ser esclarecidos diretamente com seu médico.
Diabetes: pessoas com diabetes mellitus
Pneumopatias crônicas graves: inclui doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática).
Hipertensão Arterial Resistente (HAR): quando a pressão arterial permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou pressão arterial controlada com uso de quatro ou mais anti-hipertensivos.
Hipertensão arterial estágio 3: pressão arterial sistólica igual ou maior a 180 e/ou diastólica igual ou superior a 110, independentemente da presença de lesão em órgão-alvo (cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos, rins) ou comorbidade
.
Hipertensão arterial estágios 1 e 2: com lesão em órgão-alvo (cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos, rins) e/ou comorbidade. Pressão sistólica entre 140 e 179 e/ou diastólica entre 90 e 109 na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.
Insuficiência cardíaca: insuficiência com fração de ejeção (capacidade de bombeamento do coração) reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independentemente de classe funcional da New York Heart Association.
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar: cor-pulmonale crônico (problema no ventrículo direito que resulta em distúrbio pulmonar), hipertensão pulmonar primária ou secundária.
Cardiopatia hipertensiva: hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo (cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos, rins).
Síndromes coronarianas: síndromes crônicas como Angina Pectoris (estreitamento das artérias que levam sangue ao coração) estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio, entre outras.
Valvopatias: lesões de válvula cardíaca com repercussão na circulação do sangue, sintomática ou com comprometimento miocárdico.
Miocardiopatias e pericardiopatias: de quaisquer causas ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.
Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.
Arritmias cardíacas: com relevância clínica e/ou cardiopatia associada.
Cardiopatia congênita no adulto: com repercussão na circulação do sangue, crises hipoxêmicas (pouco oxigenação), insuficiência cardíaca, arritmias, comprometimento miocárdico.
Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: portadores de próteses de válvula biológicas ou mecânicas; dispositivos cardíacos implantados (marcapasso, cardiodesfibrilador, ressincronizador, assistência circulatória de média ou longa permanência).
Doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular.
Doença renal crônica: estágio 3 ou mais e/ou síndrome nefrótica (conjunto de sinais que caracterizam uma doença renal e evolução crônica).
Imunossuprimidos: transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente superior a 10 mg ao dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses; neoplasias hematológicas.
Anemia falciforme: todas as pessoas com a doença.
Obesidade mórbida: índice de massa corpórea (IMC) igual ou superior a 40.
Síndrome de down: trissomia do cromossomo 21.
Cirrose hepática: Child-Pugh (tipo de escore de classificação) A, B ou C.
Não esquece sua carteirinha e documentação básica para vacinação.
Fotos: Assessoria de Comunicação
Imunização acontece no próximo domingo, dia 02 de maio