O Dia do Colono e Motorista é especial para as família Picinin e Alves da Fonseca que celebram em família a dedicação à terra e o prazer em dirigir
O colono e o motorista são duas forças que movem o mundo. É no plantar e cultivar a terra que o colono tem a certeza de que irá colher bons frutos e é ao ligar seu caminhão que o motorista leva consigo o compromisso de transportar as riquezas da nossa terra. O dia 25 de julho é sempre especial para a família Picinin e para a família Alves da Fonseca, isso porque o amor pelo volante é uma tradição passada de pai para filhos.
Da boleia do seu caminhão de cor amarela, Avelino Picinin, conhecido como Nego, ainda encara viagens por toda a região. No auge dos seus 76 anos, leva para a estrada o amor pela profissão que exerce e o orgulho de ter inspirado os dois filhos a seguirem no mesmo caminho.
No município, foram 18 anos em que atuou como motorista em duas áreas: na saúde e na educação, além de ter sido vice-prefeito. Na época, ele conta, uma pesquisa realizada na cidade concedeu-lhe o título de melhor motorista da cidade, lembrança guardada com muito carinho na memória e no coração.
Em família
O trabalho na lavoura também fez parte da vida de Avelino, que desde criança aprendeu o cultivo da terra e, quando começou seu trabalho como motorista no município, deixou a propriedade sob o cuidado dos filhos, que posteriormente também se dedicaram a seguir a mesma profissão do pai.
O filho Altemir José Picinin atua há 21 anos como motorista na educação e saúde. “É isso que sei fazer”, comenta ele, expressando o orgulho em seguir a mesma profissão do pai. Legado que também é seguido pelo irmão, Marcio César Picinin, que há quase uma década atua como motorista da educação. “Ser motorista é além da minha função, é algo que gosto de fazer”, conta Márcio, que relata sentir falta dos alunos em época de férias e até mesmo nos finais de semana.
Exemplo a ser seguido
O exemplo dado por Avelino e seguido pelos filhos Altemir e Márcio também ocorreu na família do motorista Milton Alves da Fonseca. Aos 55 anos, ele relata com orgulho que há 29 anos trabalha como motorista, atuando como operador de máquinas do município. A paixão pelo volante é dividida com o amor pela terra. “Nasci e me criei na agricultura”, conta ele, que tem área de terra próximo da cidade e, após o expediente, aproveita o tempo para cuidar da lavoura e de algumas cabeças de gado para consumo da família.
Para ele, as duas profissões são importantes. “Sou motorista por um dom que Deus me deu e que dá meu sustento. Meu orgulho é ter meu filho, que cresceu e também seguiu na mesma profissão do pai. Passei meu legado”, comenta, citando o filho que há 10 anos atua na área e, desta década, está há 7 anos atuando como motorista do município. "Sempre gostei, desde pequeno. Sempre tive vontade de ser motorista e quando apareceu a oportunidade, fui trabalhar”, pontua.
Conforme ele, ser motorista não é só um trabalho. “É mais do que uma profissão, é uma paixão. Minha maior inspiração é meu pai que sempre trabalhou com máquina”, reitera Anderson, que atua como motorista da saúde e diariamente está na estrada levando pacientes que precisam de consulta e tratamentos específicos em grandes centros.