HUMANIDADE
Santo Expedito do Sul dispõe de profissionais capacitados nas áreas da Saúde, Educação e Assistência Social, que podem auxiliar qualquer cidadão em estado de sofrimento que precise de ajuda
Uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, o suicídio ainda é um tema cercado de tabus, estigmas, medo e preconceitos, o que contribui para que as pessoas fiquem em silêncio quando estão em estado de sofrimento e não falem abertamente sobre o assunto. Para desmistificar e estimular a prevenção ao suicídio, a Secretaria Municipal da Saúde, Educação e Assistência Social, intensificam a campanha do Setembro Amarelo ao longo deste mês.
A prevenção salva vidas
Segundo a psicóloga da Assistência Social, Loryane Silva, é importante estabelecer um diálogo aberto, além de reforçar que a estratégia de prevenção ao suicídio combina-se com afeto, empatia, escuta e, principalmente, amor ao próximo. “Todas as vidas importam e é necessário ter atenção e cuidado com si próprio, com amigos e familiares, não hesitar em buscar ajuda profissional”, cita Loriane.
Santo Expedito do Sul conta também com o atendimento da psicóloga da área de Saúde e área educacional. Larissa Hoffman, que realiza atendimento clínico na UBS, reforça que é importante buscar ajuda. “Temos atendimento diário, realizamos avaliação e buscamos o melhor tratamento. É importante identificarmos os sintomas através de consulta, estamos sempre disponíveis para ouvir e orientar da melhor forma possível”, destaca ela,
Na unidade Básica de Saúde, há também o atendimento realizado pelo médico, Dr. Luan Matheus Rossi Pereira, que auxilia na identificação de sinais de doenças ou transtornos, que, se previamente diagnosticados e acompanhados, podem evitar ocorrências de suicídio.
O papel da Educação no diagnóstico
Sinônimo de aprendizado, a área de educação pode ajudar a identificar problemas psicológicos. É por isso que a Secretaria Municipal de Educação conta com o trabalho da psicóloga Égie Maria Stangherlin, que reforça a necessidade da atenção e cuidados para com as crianças. “Sinais como ansiedade, nervosismo e distúrbios, por exemplo, podem ser a razão de um baixo aprendizado, então a educação é uma maneira de identificar problemas de saúde”, aponta ela.
A psicóloga ainda comentou os efeitos pós-pandemia, que como esperado, foram marcas permanentes, mas que possuem tratamento. “Crianças e jovens ainda sentem a mudança que foi ter passado pela pandemia, todos foram acometidos, de uma maneira nunca antes vista, por problemas psicológicos, essa avaliação educacional pode ser uma importante arma de prevenção”, lembra Égie.
Sobre o Setembro Amarelo
A campanha conhecida como “Setembro Amarelo” começou no Brasil, em 2015, por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Tem como data símbolo o dia 10 de setembro, o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio.
Fique atento aos sinais
Prestar atenção às características de comportamento é de extrema importância. Segundo a psicóloga Larissa Hoffman, sinais como problemas para dormir, falta de esperança, uma grande tristeza, grandes variações de humor. Cancelar compromissos e se isolar, evitar amigos, também é um possível sintoma. É preciso reconhecer os sinais da depressão, uma vez que as doenças mentais são as causas do suicídio, na maioria das vezes.
Atenção e seriedade
Larissa lembra que não se deve tratar uma pessoa que está pensando em cometer suicídio como dramática ou tratar como se estivesse fazendo aquilo para receber atenção. "Se a pessoa está dizendo para você que está pensando em suicídio, esse é um fator de risco importantíssimo. As pessoas pensam que quem comete suicídio não fala sobre isso, e é o contrário. Se a pessoa disse isso para você, ela tem um risco aumentado. Escutar de forma empática, sem falar 'Isso é bobagem' etc", aponta a especialista.
Sempre há uma solução
Quando a pessoa está em depressão, a sensação é de que a doença é definitiva, e que não vai passar. No entanto, a depressão é tratável. "Valorize o tratamento, mostrando que aquilo é uma coisa normal. Mais importante do que tentar dissuadir a pessoa do suicídio é deixar que ela fale a respeito da depressão que está sentindo", diz Larissa. "São coisas como essa que permitem ajudar uma pessoa em risco de suicídio. A pessoa que cometeu suicídio é uma vítima, não uma causadora", relembra.
O município conta com atendimento médico, psicológico, e assistencial específico, e está disponível para a população.
Fotos: Assessoria de Comunicação